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HELENA KOLODY


Segundo o site Paraná Online, Helena Kolody nasceu a 12 de outubro de 1912, em Cruz Machado, no sertão sul paranaense, filha de ucranianos. Em 1931 formou-se professora normalista pela Escola Normal Secundária de Curitiba e, no ano seguinte, foi nomeada professora para o Grupo Escolar Barão de Antonina, de Rio Negro.
De 1933 a 1937 trabalhou na escola de Ponta Grossa e, depois, foi transferida para a Escola Normal de Curitiba (atual Instituto de Educação do Paraná), onde lecionou por 23 anos consecutivos, interrompidos em 1944, quando prestou serviços na Escola de Professores de Jacarezinho.

Em 1941, publicou seu primeiro livro intitulado Paisagem interior, classificado em segundo lugar no concurso de poesia promovido pela Sociedade de Homens de Letras/RJ (1942). No ano de 1949, o livro A sombra do rio recebeu o terceiro lugar no Concurso de Livros do Centro de Letras do Paraná, e o Prêmio Ismael Martins; este livro foi publicado em 1951 pelo mesmo centro.

Desde criança, apaixonou-se pelas palavras. Era a senha para dedicar a vida à poesia. Aprendia de cor os versos dos livros de leitura para cantá-los com a música dos hinos escolares. “Um brinquedo fascinante” - embala-se a nossa heroína.

“No meu tempo de novíssima”, sentiu a necessidade de fazer versos. Não sabia como, foi “cometendo”, mas não os mostrava a ninguém. Eles surgiam sem muito rigor e métrica.

“Às vezes meus poemas vêm por inteiro, são os poemas vivíparos. Eles são os melhores e geralmente dormiram muito tempo dentro de mim. Outras vezes é só um núcleo de poemas, os ovíparos, que têm que ser chocados. Eles se estruturam devagar. E, de repente, nasce a ave, porque há um longo processo de celebração inconsciente.”

Não demorou e teve que aprender a versificar à moda de Olavo Bilac. Envolveu-se pelos arraiais do soneto - quase uma lei para um poeta iniciante, o paradigma-mor da poesia. Dele - quando estreia com Paisagem interior (1941) e reincide em Música submersa (45) - para o haicai o amadurecimento de um estilo que acabou virando marca. Tudo avant la lettre em relação ao concretismo da década seguinte. Helena Kolody é uma precursora até da poesia marginal dos anos setenta.

Casta poeta, poeta casta, Helena - já morando em Curitiba, professora normalista (ensinou biologia durante anos, foi inspetora de ensino até se aposentar) - noivou por dois meses (então com 32), mas nunca casou. “O amor ficou sendo só um sentimento, um sonho - confidencia - e as minhas alunas, as filhas que não tive”.

Só depois dos 73 anos é que Helena Kolody teve o primeiro livro financiado por uma editora. Até então, cuidava da escolha do papel à capa, da costura ao lançamento, leitor a leitor, e pagava a conta. Por pudor, jamais fazia noite de autógrafos.

A arte nasce de uma sem-razão. A arte não persegue outro fim que não seja a sua própria realização, é tão indiferente à preocupação utilitária, tão avessa ao aspecto econômico, que sei de pintores que se recusam a vender seus quadros. Vocês não acham que parece um sacrilégio o autor vender seu livro?

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